A inquieta
Walnize Carvalho
Ela não me dá sossego.
Por sua causa
Atravesso ruas sem ver sinal luminoso
Entro no banho de relógio no pulso
Dou boa-noite em pleno meio dia.
O café esfria na xícara
Perco o sono
Ganho peso
Rabiscos palavras esquecida dos óculos sobre a mesa.
Rego plantas conversando
Ouço pássaros fazendo dueto com eles.
Por sua causa
Falo
Rio
Choro sozinha.
È uma criança inquieta,que só dá trégua
Quando a coloco no lugar que mais almeja: o papel
Ela: a Poesia