Blog pessoal de Ana Paula Motta

Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009

Hoje acordei com um raio de luar
Pela janela a lua brilhava pra mim
Enorme e linda
Voltei a dormir
a sonhar
Não deixei que a lua minguasse em mim
Acordei plena em lua
publicado por Ana Paula Motta às 10:22
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Quarta-feira, 9 de Setembro de 2009

Mentiras Ai quem me dera uma feliz mentira
que fosse uma verdade para mim!
J. DANTAS

Tu julgas que eu não sei que tu me mentes
Quando o teu doce olhar pousa no meu?
Pois julgas que eu não sei o que tu sentes?
Qual a imagem que alberga o peito meu?

Ai, se o sei, meu amor! Em bem distingo
O bom sonho da feroz realidade...
Não palpita d´amor, um coração
Que anda vogando em ondas de saudade!

Embora mintas bem, não te acredito;
Perpassa nos teus olhos desleais
O gelo do teu peito de granito...

Mas finjo-me enganada, meu encanto,
Que um engano feliz vale bem mais
Que um desengano que nos custa tanto!

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
publicado por Ana Paula Motta às 22:50
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Sexta-feira, 4 de Setembro de 2009

...


A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.


...


Eros e Psique (trecho) -Fernando Pessoa


Em sonhos vamos longe, em sonhos somos capazes de inventar países,somos capazes ganhar asas.


Sonhar é maneira otimista de fazer planos e caminhar rumo ao sol, rumo a vida.


Os sonhos ganham mais cores se antes de dormir ganhamos um beijo de boa-noite.


Noites bem sonhadas são abre-alas para um dia bem vivido.


Que venham os sonhos, as noites de lua, os beijos de boa-noite e as "rosas e rios e manhãs claras ".


Que venha a vida que como diz a grande Cecília Meireles "só é possível reinventada".


publicado por Ana Paula Motta às 13:23
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Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

Vi no poema da Roseana Murray um pedaço de mim que ainda não desaprendeu colher estrelas, sonhar estrelas, viver nas estrelas.

Meu pedaço menina, que ainda é o maior em mim...até quando?



Estrela Cadente

Quando eu estiver

com o olhar distante,

maninha,

com um jeito esquisito

de quem não está presente,

não se assuste,

ó maninha,

fui logo ali,

no quintal do céu,

colher uma estrela cadente.

Roseana Murray

publicado por Ana Paula Motta às 21:19
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Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009

A coisa mais linda do mundo

É quem acredita em vida

Dá asas a sonhos

Como uma lufada de vento.

Quando penso em meninos lembro logo dos contos de aventura, de ilhas, tesouros e heróis.

Meninos são assim. Crescem e trocam os cavalinhos de pau por conversíveis (imaginários ou reais) ou motos possantes, mas no fundo ainda guardam um tantinho dos meninos que foram (?) e das aventuras de cavaleiros andantes, onde tomam o lugar do herói e saem por aí a tentar mudar o mundo e as injustiças da terra.

Menino que teve infância saudável, com muita corrida nas ruas, pés descalços nas férias em casa de avós, vira homem e não abandona a capacidade de se indignar com o que acha errado, contra as dores do mundo e o triunfo dos porcos.

Emociona-se com fotos antigas, com imagens de filhotes, gosta de mandar flores em forma de palavras. Corre contra o tempo chega com o vento, ou é o próprio vento...

Mas o que sei eu sobre meninos, lobos e ventos? Sinto mais que sei, mas os ventos são assim mais pra senti-los que pra sabê-los, ou não?

Esse post, que pretendeu ser poema mas que acabou também não sendo bem prosa foi feito em homenagem ao Luís Bento que com seu jeito sempre menino ,o ar de miúdo e o levar a vida assim tipo:" De do do do De da da da..., me brindou com um belo conto de princesas que tento retribuir,infelizmente sem o mesmo brilho...esse sim um verdadeiro cavalheiro.

publicado por Ana Paula Motta às 22:53
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Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2008

Princesa e o sapo

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Recolheu o sonho do chão

Limpou suas feridas expostas

Colocou nele um laço de fita

Novas asas, em um tantinho de coragem.

Ele ainda não conseguiu ganhar o céu.

Olha paralisado o horizonte

Não sabe ainda para onde vai

Espera o vento norte que o leve de volta ao (l) ar.

publicado por Ana Paula Motta às 15:47
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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Esse é um belo poema da Ana Vidal, do Livro Seda e Aço.Apenas uma amostra do livro que é todo muito bom,com poemas deliciosos.



MARÉS CHEIAS


Ponham-me sonhos a correr nas veias
Deixem-me navegar em fantasia
E as vinte e quatro horas do meu dia
serão sublimes como marés cheias!
Quero palpitante tudo aquilo que toco
Quero o que existe para lá do espelho
E quero tingir de azul e ouro velho as cores pardas dum mundo que não foco
Que eu feche os olhos e me leve o vento!

Que cada dia seja o meu primeiro!
Que eu saiba sempre fazer um veleiro
do banco de jardim onde me sento...
tags: ,
publicado por Ana Paula Motta às 22:38
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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008
Quando as águas das enchentes chegam levam móveis,carros,casas.Levam sonhos.
Replico aqui o desabafo do professor Sérgio Soares no Blog Dentro da Minha Cabeça do Rodrigo Rosselini.

Enchentes de Ururaí: desabafo de um cidadão

O professor Sérgio Soares, residente a vida inteira em Ururaí, indignado com o descaso das autoridades em relação a situação em que se encontram os moradores de seu bairro, pede espaço aqui para divulgar uma carta aberta à sociedade:

"Queridos Amigos...

Uma vez que estou literalmente dentro d'água e aguado nessa situação, conto com algumas respostas e quem sabe soluções. Conto com algumas respostas.

Um forte abraço,

Sérgio Soares*


Àqueles que ainda acreditam em dignidade.

Nesses dias que seguem ao desespero e a força da natureza, tenho estado em estranho desconforto diante da espécie humana. Sinto-me violado nos direitos ditos fundamentais pela constituição e, em seguida abandonado por aqueles que deveriam me garantir esses direitos.
Em menos de dois anos vejo parte da minha vida e de boa parte da população sendo levada pelas águas. Sempre vivi nessa região e ao longo desses anos vejo a força da água cada vez maior. As casas, até então distantes do poder do rio e protegendo-nos das águas de cima, tem sido tomada pelas águas sujas de baixo que invadindo as ruas e quintais e penetrando por nossas portas, janelas e derrubando nossas paredes e levando o pouco que podemos ter com o fruto do nosso trabalho. Mas essa força raivosa das águas tem um motivo: a ganância humana. Fazendeiros e usineiros ocupam impiedosamente as margens do rio, desviam saídas, aterram brej os, constroem diques que impedem que as águas se espalhem e não arrastem nossas vidas.
De um lado a boa fé humana e aqueles que se dispõem de alguma forma em ajudar e de outro o povo que mesmo necessitado insiste em levar vantagem. Precisam sim, não estou negando a necessidade daqueles que perderam tudo ou quase tudo. Mas deve existir dignidade, mesmo nesses momentos de angústia e de desespero. Falo em nome da boa fé que precisamos aprender a cultuar e acima de tudo respeitar.
Sei que a fome e as necessidades vitais não esperam. Que a saúde deve ser preservada e é dever público oferecer condições para tais. Não é um serviço gratuito como fazem parecer. Pagamos impostos e esses devem ser revertidos para o bom funcionamento das maquinas públicas como saúde, serviços sociais, saneamento básico e acima de tudo a garantia de um gestor que faça a máquina funcionar. Mas como manter viva a fà © nessa cidade de desilusão política, onde só recebemos notícias de corrupção e desvio de verbas públicas.
Algumas perguntas me martelam e insistem em sangrar. Onde está o prefeito de nossa cidade que não se manifesta? Onde está o IBAMA que persegue os pescadores e seus pequenos peixes (nesses dias corretamente), pobres senhoras com seus papagaios e não enxerga a construção de um dique em área de escoadouro de água do rio Ururaí? Onde está o meu direito de cidadão que não pode vir a tona sem que eu vá à justiça para buscá-lo? ... a mesma justiça que garante ao fazendeiro uma maior valia para seus bois, indiferentes às nossas vidas que pouco a pouco vai sendo levada pelas águas, com toda sorte de destruição e doenças que podem aparecer a qualquer instante.
Em menos de dois anos tudo isso. Com uma diferença é claro. Na vez anterior a mesma água não subiu no asfal to, não impediu que os caminhões com alimentos para a população urbana chegasse ao seu destino. Sofri o mesmo impacto, fiquei dois meses fora de casa, com meus vizinhos espalhados em vários lugares e a lama habitando a minha casa. Não fui ressarcido em nada, mas o boi do senhor fazendeiro manteve-se protegido e com certeza rendeu bons lucros. Tive que trocar porta, refazer paredes, pintar casa e refazer uma etapa da minha vida. Agora, mais uma vez, a história se repete e todo o país ouve a minha má sorte. Mais uma vez não serei ressarcido e terei que gastar minhas economias (quase nenhuma na verdade) com limpeza, aluguel, pedreiro e sabe-se Deus mais o que. Talvez eu receba um tapinha no ombro e me digam que tudo está bem. Que não perdi nada material e que eu preciso mudar de casa, que eu preciso mudar de bairro e....
Mas minha vida está aqui, meus amigos estão aqui, minha família está aqui. Não quero sair daqui, gost aria que fôssemos tratados com dignidade, que fizessem valer os impostos por nós pagos. Só queria dignidade e respeito daqueles que ocupam lugares de responsabilidade e não a possuem para defender os nossos direitos.

Sérgio Soares
Ururaí, 05 de dezembro de 2008."

*Sérgio Soares é professor de biologia da rede estadual, leciona no Colégio Estadual Dom Otaviano Costa, em Ururaí, e é também professor do Instituto Dom Bosco Salesiano, em Campos. Esta carta foi enviada ao jornal O Globo, para publicação.


publicado por Ana Paula Motta às 13:23
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