Blog pessoal de Ana Paula Motta

Quinta-feira, 3 de Outubro de 2013

Oração para todos os dias (de 18 a 27 de outubro)

 

São Judas Tadeu, glorioso apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus! A igreja Vos honra e invoca por todo o mundo como patrono dos casos desesperados e dos negócios sem remédio.

Rogai por mim que estou tão desolado! Eu Vos imploro, fazei uso do privilégio que tendes de trazer socorro imediato, onde o socorro desapareceu quase por completo. Assisti-me nesta grande necessidade, para que eu possa receber as consolações e o auxílio do céu em todas as minhas precisões, tribulações e sofrimentos.

São Judas Tadeu alcançai-me a graça que Vos peço.

(Faça o pedido da graça que deseja)

Eu Vos prometo, ó bendito São Judas, lembrar-me sempre deste grande favor e nunca deixar de Vos louvar e honrar como meu especial e poderoso patrono e fazer tudo o que estiver ao meu alcance para espalhar a Vossa devoção por toda a parte.


São Judas Tadeu, dos casos desesperados e dos negócios sem remédio, rogai por nós!

São Judas Tadeu, dos casos desesperados e dos negócios sem remédio, rogai por nós!

São Judas Tadeu, dos casos desesperados e dos negócios sem remédio, rogai por nós!

Amém.

Toque o vídeo abaixo para acompanhar e acenda uma vela todos os dias.

 

música: Bach, J.S. - "Air" Orchestral Suite N° 3 in D Major_BWV 1068
sinto-me:
publicado por Ana Paula Motta às 19:20
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Segunda-feira, 10 de Junho de 2013

 

No mundo de hoje, é preciso muita coragem para ser frágil. Fragilizar-se, deixar-se chorar é um privilégio.

Tenha piedade dos que não choram, dos que não parecem sofrer, dos que não se mostram enlutados quando perdem os seus.

Bendito era o mundo onde nossas almas podiam vestir-se de negro.

Por agora, não deseje força, apenas permitam lágrimas.

Ainda em luto nao luto contra ele. É no tempo certo, na medida da minha humanidade.

 

 

 

sinto-me:
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publicado por Ana Paula Motta às 01:48
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Sexta-feira, 19 de Abril de 2013

 

 

 

Só agora, doze dias depois é que consigo escrever sobre o assunto. Foram quase trinta anos de amizade. Nos conhecemos na adolescência, ele com catorze e eu com dezessete. 

 

Durante todo esse tempo passamos a maior parte em cidades diferentes e mesmo assim não perdemos a afinidade, o afeto, a cumplicidade. Gostávamos de fazer tanta coisa juntos, futucar lojas baratas atrás de coisas bonitas, tomar café, bater perna sem hora marcada, ir à praia (nossa última ida furou), ir a museus, beber chopp e ir ao cinema (assistimos de tudo e vimos pelo menos dois do Homem Aranha juntos).

 

Brigamos algumas vezes, mas no outro dia estava tudo bem. Foi no seu ombro que chorei em muitos dias, era você que conhecia meus medos.

 

Agora você nos deixou. Ficam as lembranças de tanta coisa. Tenho tanto pra dizer, mas lembrar dói,  escrever está difícil, talvez um dia.

 

 "Quando o verão morre, as amoras vestem-se de luto." Albano Martins



música: Le Fabuleux Destin d'Amelie Poulain - la valse d'amelie
sinto-me:
publicado por Ana Paula Motta às 16:26
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Quarta-feira, 2 de Novembro de 2011

Maria Alice é a minha amiga mais próxima. Digo que nos conhecemos desde sempre. Tem uma rabugice única, um bom coração e é a mais passional das criaturas, o que pode ser muito ruim ou muito bom.

Minha amiga tem teorias singulares sobre várias coisas, a teoria sobre a morte e os fatos que a envolvem são de fazer rir.

 

Odeio gente que não sabe se comportar em velório. Velório é lugar de dor e não de contar piadas “para fazer esquecer o sofrimento” como os engraçadinhos inconvenientes apregoam.

Velório não é lugar para roupas coloridas, nem lugar para decotes. Eu já avisei: quem aparecer vestida de maneira inadequada no meu velório vai arcar com as consequências. Eu volto para puxar o pé na mesma noite.

Acho tão bonito uma viúva de luto. Hoje em dia esqueceram o luto. Acho o luto fundamental para a saúde emocional. Ele tem sua razão de ser. É momento de chorar, de coração dorido. Quem não vive o luto paga o preço em algum momento. E para isso um pretinho básico ajuda muito.

Detesto escândalo em velório. Choro verdadeiro não é escandaloso. Desmaios também me irritam. Quem sofre de verdade, chora, chora sem som, abraça os amigos, molha o rosto sempre que sente um nó na garganta. Gente que ameaça se jogar no túmulo para mim é sem educação e falsa. Quem sofre, apenas chora, chora muito. Se usar óculos escuros fica sem dúvida um choro beirando á perfeição.

Gosto de véus negros, pena que hoje quase ninguém usa chapéus com véu então... No velório do meu marido ameacei usar um chapéu, fui demovida da idéia. Usei meu véu negro e um terço. Chorei muito. Gosto de chorar.

Usei um mês de luto fechado e outros tantos de luto menos rigoroso. Vivi minha dor. Sobrevivi.


Essa é apenas a primeira das histórias da minha amiga, vou contar sempre que der vontade. Seu nome foi trocado por razões óbvias. 

sinto-me:
publicado por Ana Paula Motta às 19:28
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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010

Chove lá fora

chove aqui dentro

há nuvens em mim.

 

Há chuvas felizes

plenas em vida

 

ou chuvas assim.

 

Chove bem cinza

lá na calçada

nos olhos, no fim...

sinto-me:
música: Chorando no Campo (Lobão)
publicado por Ana Paula Motta às 20:19
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Segunda-feira, 14 de Setembro de 2009

O post abaixo,chamado Portfólio foi um trabalho de um curso de formação do qual participo; tinha que ser publicado num blog por isso aproveitei o espaço existente.

Pra não perder o “tom” segue a cópia de um post lá do meu Todos os Sonhos de Abril.

Onze de setembro


Onze de setembro

E não por acaso

Perco hoje um bom pedaço de mim.

Não por acaso é um dia sem sol

Sem flores

Onze de setembro

Sem cores

Sem ainda a primavera

Que diz que vem, mas será?

Onze de setembro

Raízes arrancadas à força

Deixando crateras aqui...

publicado por Ana Paula Motta às 00:07
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Sábado, 12 de Setembro de 2009
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publicado por Ana Paula Motta às 15:25
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Quarta-feira, 9 de Setembro de 2009

Mentiras Ai quem me dera uma feliz mentira
que fosse uma verdade para mim!
J. DANTAS

Tu julgas que eu não sei que tu me mentes
Quando o teu doce olhar pousa no meu?
Pois julgas que eu não sei o que tu sentes?
Qual a imagem que alberga o peito meu?

Ai, se o sei, meu amor! Em bem distingo
O bom sonho da feroz realidade...
Não palpita d´amor, um coração
Que anda vogando em ondas de saudade!

Embora mintas bem, não te acredito;
Perpassa nos teus olhos desleais
O gelo do teu peito de granito...

Mas finjo-me enganada, meu encanto,
Que um engano feliz vale bem mais
Que um desengano que nos custa tanto!

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
publicado por Ana Paula Motta às 22:50
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Terça-feira, 4 de Agosto de 2009

Por vezes carregava uma dor etérea, como de algumas madonas sacras.

Na maior parte do tempo era alegre como uma cantiga primaveril.

Tinha uma fé quase infantil, fé de menina. Rezava pra anjinhos e santos e era fascinada por velas.

Dos anjos tomou emprestadas as asas.

Anda por ai alada e confusa, mas feliz... ou quase.




publicado por Ana Paula Motta às 18:24
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Terça-feira, 28 de Julho de 2009
Tenho uma amiga que diz que um grande poeta só se mostra na dor. Pois é por isso acho que, a despeito de amar poesia, não sou uma boa poetisa.

Não dou conta da dor. Não consigo escrever nada que preste quando a alma anda sangrando. Por isso a prosa (a minha procura pactos com a felicidade) me flui mais fácil.

Minha poesia é pueril, bobinha. Não encanta. Não tem dores. Tem muitas cores. Cores são prosa, têm muito de vida e pouco de poesia.

Para grandes poemas, pego carona nos mestres e mestras. Na dor de Florbela, em Pessoa, em Quintana.

A Ana é banana. Não tem o talento da poesia nas veias. Não sabe poemar sobre o cotidiano como Adélia. Sabe não.

Quem só sabe falar do amor que sente que encanta, que faz feliz fica um poeta de pé-quebrado. O amor que se foi dá belos poemas. Mas traz à tona muitas dores. Quero não.

Não quero ser Carolina. “Pela janela, oi que lindo...” tem um sol do tamanho do mundo.

Monet


“Seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo. Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu”

(Chico Buarque-Carolina)




2 comentários


publicado por Ana Paula Motta às 19:54
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Alma Perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…

Florbela Espanca - Livro de Mágoas

publicado por Ana Paula Motta às 22:54
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Domingo, 12 de Julho de 2009

Degas

Edgar Degas-Mulher pentenado seus cabelos - 1886

Duras manhãs

As horas frias

Dores manhãs

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publicado por Ana Paula Motta às 11:41
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Quarta-feira, 8 de Julho de 2009

Minha boca fala através da dela, poema de Florbela...

Folhas de Rosa

Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo …


E falo-lhes d’amores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente…
Pouco a pouco o perfume do outrora
Flutua em volta delas, docemente …


Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e m’embriaga


O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que reflectia outrora tantos risos,
E agora reflecte apenas pranto,


E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado…


Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mals fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia…


Florbela Espanca - Trocando olhares

publicado por Ana Paula Motta às 09:22
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Sexta-feira, 3 de Julho de 2009

Não importa a chuva, nem a lua

Não importa o sol, nem nuvens ou o céu.

Poeira, saudade, felicidade ou tristeza,

Nada importa na tarde estranha de inverno.

Não há sons.

Só o tempo passa.

Um silêncio em forma de nó...




publicado por Ana Paula Motta às 14:43
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Domingo, 12 de Abril de 2009


alegria

"Muitas vezes me acontece de brincar o jogo do contente sem pensar, a gente fica tão acostumada que brinca sem saber. Em tudo há sempre alguma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la." Trecho do livro Pollyana de Eleanor H. Porter

Muitas vezes acreditei em tal história, mas morria de vergonha de admitir. Era ser piegas. Não combinava com uma moça tão politizada, que gosta de “boas leituras”, “boa música”. Era mais aceitável um belo poema de dor, um texto mais denso, mais tenso.

Acontece que como diz o ditado: A pessoa é pro que nasce. Tem algo na natureza de cada um que acaba dando um rumo (ou,não) na maneira de ver as coisas. Pode parecer que se trata de camuflar as dores, os tons cinzas que a vida traz de quando em quando. Quem me conhece sabe que não sou assim.

Dificilmente sou capaz de dissimular minhas dores, nem minhas alegrias. Tem quem diga que sou a criatura mais transparente do mundo (será defeito?) e assim vou me espalhando por aí. Agora não me importo de ser chamada de “piegas”, “cafona”, “conformada”. Quero é ser feliz.

Não nasci para arrastar correntes. Quando não me é possível sair do afogamento sozinha peço bóia, os amigos sabem disso. Sem medo de me repetir usei uma frase da Martha Medeiros num outro post “Depois dos 35 ( ... )estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.”

Claro que sair de crises de tristeza e de depressão não é “bolinho”, nada é simples assim. Mas cada passinho ajuda a beça. Tem dias que até respirar dói,mas... Adelante!!!

publicado por Ana Paula Motta às 23:57
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