Blog pessoal de Ana Paula Motta

Segunda-feira, 23 de Novembro de 2009
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Amanheceu com fragmentos de poemas da Elisa Lucinda pipocando dentro do peito.
Ou seriam canções meio Rita Lee?
Que diz que toda mulher é meio Leila Diniz.
Assim meio arrebatada como um poema de Florbela,
ou um que de um romance de Jane Austin meio sem jeito
Sei lá, raiou um sol de segunda-feira.
Foi cantar flores no calor do dia...
Intensa como uma primavera tropical.
publicado por Ana Paula Motta às 19:53
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Segunda-feira, 14 de Setembro de 2009

O post abaixo,chamado Portfólio foi um trabalho de um curso de formação do qual participo; tinha que ser publicado num blog por isso aproveitei o espaço existente.

Pra não perder o “tom” segue a cópia de um post lá do meu Todos os Sonhos de Abril.

Onze de setembro


Onze de setembro

E não por acaso

Perco hoje um bom pedaço de mim.

Não por acaso é um dia sem sol

Sem flores

Onze de setembro

Sem cores

Sem ainda a primavera

Que diz que vem, mas será?

Onze de setembro

Raízes arrancadas à força

Deixando crateras aqui...

publicado por Ana Paula Motta às 00:07
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Segunda-feira, 27 de Julho de 2009

Passava os dias a olhar o horizonte.

Uns dias mais,

outros menos.

Até quando?




publicado por Ana Paula Motta às 10:33
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Alma Perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…

Florbela Espanca - Livro de Mágoas

publicado por Ana Paula Motta às 22:54
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Quarta-feira, 8 de Julho de 2009

Minha boca fala através da dela, poema de Florbela...

Folhas de Rosa

Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo …


E falo-lhes d’amores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente…
Pouco a pouco o perfume do outrora
Flutua em volta delas, docemente …


Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e m’embriaga


O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que reflectia outrora tantos risos,
E agora reflecte apenas pranto,


E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado…


Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mals fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia…


Florbela Espanca - Trocando olhares

publicado por Ana Paula Motta às 09:22
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Sábado, 20 de Junho de 2009
Vilarejo
Marisa Monte


Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

(tudo de novo)
publicado por Ana Paula Motta às 16:48
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Quarta-feira, 3 de Junho de 2009
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publicado por Ana Paula Motta às 11:50
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Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2009

Esse poema de Adélia Prado se chama janela. Eu na época de faculdade fiz um haikai com a palavra janela.Anda perdido em algum canto desse mundo.

Janelas sempre me encantaram. Especialmente em noite de lua. Em noites frescas de maio, por onde entram a brisa e a luz intensa do luar.

Ah, janelas.Gostava de pular por elas, gostava de sentar no peitoril.

Abri a janela da alma quando li esse poema. Da minha alma que transborda.

JANELA

Janela, palavra linda.
Janela é o bater das asas da borboleta amarela.
Abre pra fora as duas folhas de madeira à-toa pintada,
janela jeca, de azul.
Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você,
meu pé esbarra no chão.
Janela sobre o mundo aberta, por onde vi
o casamento da Anita esperando neném, a mãe
do Pedro Cisterna urinando na chuva, por onde vi
meu bem chegar de bicicleta e dizer a meu pai:
minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis.
Ô janela com tramela, brincadeira de ladrão,
clarabóia na minha alma,
olho no meu coração.

publicado por Ana Paula Motta às 12:49
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