Vejo a tarde cair, o sol se por, o céu ficar gris e o vento soprar impaciente.
O ar empoeirado dá lugar à aragem da noite que chega.
Alho, cebola, cenoura, couve, toucinho e abóbora menina, temperados com duas lágrimas fujonas.
A chuva tamborila no telhado.
A porta se abre sem alarde. Ele entra com os pés enlameados, sorriso no rosto e fome. Muita fome.
Alívio e frio na barriga. Nunca fui boa em pressentimentos.
Para ouvir com :Madredeus- Haja o que houver