Lembro bem quando ele chegou numa manhã fria de maio.
Muito branquinho e tremendo de frio,com mãos enormes.
Ainda no centro cirúrgico eu falei para o pedriatra:"Ele é azul!" Como todos os bebês que nascem de cesariana ele nasceu azulado.
Lembro do choro forte,da recusa de mamar no peito, de como era bom tê-lo deitado ao meu lado.
Naquele ano as manhãs de maio foram muito frias e cinzentas e passávamos boa parte do tempo juntinhos na cama.
Seis dias depois do nascimento dele, foi o meu primeiro Dia das Mães.
Lembro de como me sentia plena,tinha uma segurança e um sentimento indescritível.
Hoje tenho em casa um rapaz, mais alto que eu, com mãos muito grandes e uma alma nobre.
Já não me faz companhia como antes, os filhos crescem e ganham asas.
Não imagino minha vida sem ser mãe.