Tenho no coração uma caixinha de música
Nos dias felizes eu giro
Eu danço
E me lanço no ar
Hoje eu estou assim
Meio bailarina
Muito menina
Ouço m eu coração cantar.
Tenho no coração uma caixinha de música
Nos dias felizes eu giro
Eu danço
E me lanço no ar
Hoje eu estou assim
Meio bailarina
Muito menina
Ouço m eu coração cantar.
(
Quando chegaste, redescobri em mim inocência e alegria.
Removi a máscara que sobrava:
nada havia a esconder de ti,
nem medo - a não ser partires.
Supérfluas as palavras,
dispensada a aparência, fiquei eu,
Sem prumo,
como antes da primeira dúvida
E do último desencanto.
Quando chegaste, escutei meu nome como num outro tempo.
O meu lado da sombra entregou
o que ninguém via:
As feridas sem cura e a esperança sem rumo.
Começa a crer, por mim, que o amor é possível,
e a vida vale a pena e o pranto
de cada dia.
Lya Luft
Lembro bem quando ele chegou numa manhã fria de maio.
Muito branquinho e tremendo de frio,com mãos enormes.
Ainda no centro cirúrgico eu falei para o pedriatra:"Ele é azul!" Como todos os bebês que nascem de cesariana ele nasceu azulado.
Lembro do choro forte,da recusa de mamar no peito, de como era bom tê-lo deitado ao meu lado.
Naquele ano as manhãs de maio foram muito frias e cinzentas e passávamos boa parte do tempo juntinhos na cama.
Seis dias depois do nascimento dele, foi o meu primeiro Dia das Mães.
Lembro de como me sentia plena,tinha uma segurança e um sentimento indescritível.
Hoje tenho em casa um rapaz, mais alto que eu, com mãos muito grandes e uma alma nobre.
Já não me faz companhia como antes, os filhos crescem e ganham asas.
Não imagino minha vida sem ser mãe.