Depois de um ano tão difícil e ao mesmo tempo com tantos obstáculos vencidos só pensava duas coisas: "Como eu gosto da minha vida e como são tolas as promessas de ano novo".
Parar de fumar (nunca havia feito essa promessa, engravidou e simplesmente nunca mais fumou), fazer dieta (depois de certa idade o que importa é não ultrapassar certos limites perigosos de peso, corpo ideal é delírio de menina insegura), ser mais tolerante (isso aprendeu depois dos 40 anos e não num primeiro de janeiro qualquer)...
Detestava as festas de reveillón com muita bebida e quase nenhuma comida,conforto zero e zilhões de pessoas desconhecidas ao redor. Decidiram partir rumo ao sol, porém apenas para assistir a queima de fogos. Depois aconchego de uma festinha me família, mesa posta,velas e flores.
Lembra-se sempre do avô nessa data: "Olha pro céu,olha o ano velho indo embora e o ano novo chegando." E das lamúrias da avó,:"Para o ano eu não estarei mais aqui" (viveu 93 anos).
Definitivamente não era uma festa dela,amava o Natal, mas as comemorações de Ano Bom traziam sempre um certo tédio, um gosto meio cinza na boca. Ano Bom é estar cercada de amor.
Que viesse mais um ano, sem promessas, sem tantas expectativas, um ano de sentimentos plenos e guarda-roupa arrumado.
Com amor, rumo ao sol..